“E mesmo sorrindo por aí, cada um sabe a falta que o outro faz.” CaioFAbreu
Saudade... Ah, a saudade! Como defini-la? Nem eu o sei bem. Acredito que se trata daquela força esmagadora por dentro, aquele vazio que só se preenche na presença daquele cuja falta é sentida; aquele sentimento de carne viva, de ferida incicatrizável; a força motriz do que se chama de nostalgia. Será que ter crises de nostalgia é comum entre as pessoas? Pois para mim, no meu interior, isso é uma constante. Aquela brisa que vai e volta e traz consigo um flashback que me dói de maneira absurda. Espero que o senhor leitor nunca a tenha sentido, assim nunca saberá o que é sentir desespero por causa de simples lembranças.
A nostalgia se revela cada vez mais cruel comigo: sussurra no meu ouvido todas as noites, como se me cobrasse por algo que deveria ter feito. (‘Ah, se o arrependimento matasse! ’ Entendo perfeitamente aquele que criou esse clichê). Muita vontade de voltar no tempo, eis o que sinto com frequência. Pessoas dizem para focar no presente, mas o desejo de viver tudo de novo e mudar os rumos da história é infinitamente maior. Afinal, se assim fosse, o presente seria outro. Melhor, acredito eu.
O passado volta para me assombrar, quer que eu volte a ele, me traz a imagem de pessoas queridas que se foram e que não voltam mais. É bom recordar-se com carinho de quem se ama, mas é injusto pensar que será sempre assim: essa sede insaciável, esse silêncio que afoga por dentro e o coração batendo baixinho, querendo parar.
Se posso ousar em dar um conselho àqueles que leem essas palavras, digo-lhes: Dê valor às coisas mais simples da vida, ame intensamente os que estão ao seu redor, espalhe felicidade, seja luz na vida de alguém. O tempo é ínfimo, tudo se perde um dia. Liberte-se, antes que o monstro nostálgico acabe por te dominar.