quarta-feira, 9 de março de 2011

Preciso sim, preciso tanto. Alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis.” CaioFAbreu

                   Pessoas, fatos, acontecimentos, hipóteses, dúvidas, medos...  É isso o que resta na mente de um insone.  Tenho plena certeza do que digo, pois deste assunto entendo perfeitamente. São essas incertezas plainando na minha cabeça, pequenos pregos sendo martelados aqui, sussurros no meu ouvido o tempo todo... Dirá o senhor, caro leitor: “Ora, trata-se de insônia ou esquizofrenia?” Respondo-lhe: ”Um pouco dos dois.”.
           Digamos que uma se completa na outra. A insônia mantém meus olhos assustadoramente arregalados de forma que vagam, perambulam no escuro procurando por respostas. A esquizofrenia... Bom, essa verdadeiramente me apavora e me estimula tanto ao mesmo tempo! Ela é a responsável por essa ânsia de escrever um texto a qualquer hora, essa busca infinita pelas palavras certas a fim de satisfazer a alma leitora e, assim, me satisfazer; aliviar essa agonia que sinto.
                 Solidão: deve ser essa a origem de tudo. Procuro algum significado conotativo para essa palavra, mas não encontro. Ela é tão subjetiva, tão ‘cada um com a sua’: Pode ser que ela não te dê medo, como me dá; pode ser que não a sinta, mas eu sinto... E como sinto!
              Vejo-me só a todo o momento, em qualquer circunstância. Desesperador, eu diria. Sempre aquela mesma sensação de precisar dizer algo, de desabafar, chorar, gritar... E não encontrar ninguém realmente capaz de ouvir. Como diria alguém muito especial para mim: “Parece que estou gritando em um vale de ecos.” Engana-se quem pensa que é qualquer ‘ouvir’. Faz-se necessário um ouvido especial, sincero, verdadeiro... E por fim, citando Caio Fernando: “Preciso de um colo que ninguém dá. Mas tudo bem.”.
          Por essas e outras me encontro aqui, redigindo como sempre sentimentos, pois sei que o papel continua sendo meu melhor amigo, confidente e ouvinte neste eterno gerúndio que é minha vida: sonhando, acordando, respirando, sentindo, escrevendo, continuando...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Só por hoje

Desenfreadamente, estou na tentativa constante de te ter. Não digo de forma exclusivamente física, mas na transcendental, espiritual, sei lá... Pretendo fazer com que simplesmente se lembre de mim, ainda que seja através das maneiras mais insignificantes; fazer com que você sinta o amor que tenho pra te dar e com que me ame nem que seja por um instante.
E assim, segundo a segundo, o dia chega ao seu final. Amanhã, farei tudo de novo. Quem sabe um dia não fico de vez no seu coração?


Não sei onde errei.
Por que tudo saiu dessa maneira?
Tentei ser diferente, tentei.
Lutei pra mudar, lutei.
Mas a realidade é que não consigo,
me tornei sinônimo de fracasso.
Sempre serei altruísta
e deixarei minha vida em segundo plano;
lhe darei se preciso for!
Matarei e morrerei por você.
Pena que você não terá entendido nada.
Pena que você vai pensar em todas as hipóteses,
menos a de que fiz tudo por amor.


A verdade é que tenho te preparado uns versos.
Revirei o baú das palavras
da minha mente e do meu coração
para que elas tocassem o teu.
E tenho que confessar, amor,
que todas me fugiram pois se esgotaram.
Só escrevo porque virou meu vício;
deixo a mão redigir qualquer coisa,
profunda ou superficial demais,
desde que esteja pensando em ti.
Tudo para você é pouco. De nada te basta as cartas, as atitudes, os hábitos, as promessas. Você simplesmente se esquece de tudo que fiz. Não que eu esteja esperando reconhecimento ou retribuição de sua parte. Não. Só queria que não me visse como uma pessoa inescrupulosa e sem sentimentos. No fundo, você sabe. Você sabe que sou alguém melhor do que pensa. Só precisava te dizer algumas dessas palavras - se a coragem me permitisse - ou te fazer entender tudo sem precisar dizer nada.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Descobri que a infelicidade que sinto vezenquando, nada mais é do que uma espécie de mosaico; uma coletânea de tristezas e frustrações pequeninas, que como verdadeiros caquinhos de vidro - se é que a metáfora permite -, se mostram tão frágeis e tão perigosos, se forem quebrados e espalhados pelo chão.
Meu Deus, como é difícil lutar por aquilo que se sonha!
Isso porque as coisas simplesmente independem da gente. Basta UMA, apenas UMA oposição, para colocar tudo por água abaixo.
Felizes aqueles que não são altruístas!! Pois os que são enfrentam uma das maiores dificuldades do mundo.
Deixamos nossas necessidades individuais de lado, em prol de alguém que nem sempre reconhecerá isso. Mas, e depois?? Fica-se a ver navios, pois as oportunidades voam e o tempo... Ah! esse não volta mais.